Thursday, January 24, 2013

Esse maricas do Armstrong...

Olhem, antes de mais e não tendo nada a ver com o conteúdo propriamente dito deste post, quero aqui deixar novamente o apelo de se ACABAR DE VEZ COM A MERDA DOS PANDAS!!!

É que é uma situação que se tem vindo a arrastar ao longo de décadas e não há ninguém que se chegue à frente e resolva o assunto! Ainda esta semana tivemos o ministro da saúde do Japão a manifestar o desejo do falecimento rápido de milhões de idosos e nem estes bons exemplos de pragmatismo vindos de um país vizinho conseguem sensibilizar os chineses para aquilo que precisa de ser feito!!!

PORRA, ACABE-SE COM OS PANDAS PÁ!!!

O que é que é um panda senão um adolescente idiota e trombudo que passa a vida fechado no quarto a espremer as borbulhas e a recitar poesia barata?! Raisparta que o urso é emo e é estúpido, catano!

Primeiro: não se sabe vestir! Os meus pais tinham uma mobília de quarto preta e branca nos anos 80 mas isso é coisa que ficou lá p'ra trás assim como aqueles brincos de plástico colorido que saiam nas batatas. Segundo: é esquisito e fino, o estupor! Arroz e feijão que há às pazadas e que toda a gente gosta e come, não toca nem obrigado. Só lá vai com caninhas de bambú tenrinhas e às paletes delas que a real peidola do raio do urso não se sustenta com pouco. Como se isto tudo não bastasse, chineses enfiem por favor nas vossas cabeças:

O BICHO NÃO QUER REPRODUZIR-SE!!!

É que eles já deixaram isso muito claro! Nem uns dos outros gostam!!!
Excusam de lhes mostrar filmes pornográficos com bichezas (e acreditem que mostram porque eu li a notícia), de lhes polvilhar o bambú com gindungo (literalmente, não inventem vocês também) ou de lhes injectar hormonas...

O URSO NÃO QUER, ARRUMA-SE A LOJA E DÁ-SE LUGAR A OUTRO QUE ISTO É MESMO ASSIM!

EHPÁ QUE PESADELO!!!

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Bom...
Peço desculpa pelo excesso mas antes de qualquer coisa tinha mesmo de tirar este peso dos ombros. Desconfio que a origem do meu ódio esteja num boneco de um panda que eu tinha quando era pequeno, um daqueles de borracha que guincham quando lhes apertamos o bandulho. A brincar a brincar, ainda ouço aquele silvo aflitivo e aterrador quando estou para adormecer ou quando fecho os olhos em becos escuros, mas enquanto me trato e não me trato, vou desabafando para aqui.

Já agora, não sei bem porque é que ando p'raí a fechar os olhos em becos escuros mas enfim... isso será com certeza material para outra conversa.

Ora bem, grande brincalhão aquele Armstrong hem?
Eu sempre disse que ciclismo era estupidez mas nunca ninguém me deu ouvidos.
Os meus avós dizem que gostam de ver a Volta a Portugal por causa das paisagens mas o certo é que não poucas vezes as paisagens que acabam por ver estão no interior do subsconsciente, com as cabeças reclinadas para trás e a boca aberta, diante da TV.

O ciclismo é uma seca mas é só para quem assiste. Acredito que aqueles que estão a pedalar têm o coração ao ritmo de uma gazela a bombar numa festa de transe, tal é a catrefada de drogaria que levam no bucho.

Que muitos dos atletas usam substâncias ilegais já todos sabíamos e contávamos com isso, o que não é nada comum é vir o tipo que era considerado o rei deles todos assumir descaradamente a moscambilha num programa como o da Oprah. Se era para confessar macacadas ele que escolhesse o Goucha que menos gente vê e ninguém leva a sério. Mas não... O homem quis protagonismo até ao final.

Ao que parece, com testículo ou sem testículo, aquilo foi um ror de etapas e troféus ganhos à conta dos chiribitis. Comeu, bebeu, deu as suas cambalhotas ao nível da cama (que entretanto já não estamos a falar de pandas) e quando a coisa apertou de vez... apareceu e disse que era tudo mentira. Que não houve etapa em que não estivesse mais dopado do que o Jorge Palma em dia de concerto.

Pessoalmente, acho mal.

Quer dizer, não tenho nada contra o homem ter feito batota para baralhar a verdade desportiva, ter enganado milhões de adeptos, ter ofendido uma legião de admiradores, ter-se enchido à grande durante anos à conta de uma mentira.
Se estivessemos a falar de futebol até poderia levar a peito mas ciclismo... Ehpá ele que faça o que quiser. O que me transtorna não é nada disso.
O que me transtorna é terem dado tanta importância a um intrujão destes e não darem reconhecimento nenhum a este campeão que se fartou de atingir feitos ao longo da vida e nem um aplauso, nem uma palavra, um ramo de flores, uma flute de champanhe, nada...

E quando digo campeão, estou a falar de mim, notem.
Nunca pensei dizer isto mas se formos a ver bem, eu, que sou eu, acabo por ser tão campeão quanto o Armstrong.

...

Pronto, adiante...

Tudo o que fiz na minha vida ao nível do extraordinário teve de reconhecimento aquilo que teve de droga: zero.
Ok, nunca venci uma Volta a França, dou-vos isso. Mas já fui a Paris duas vezes de avião e parece que não conta p'ra nada. O que é que vale mais? É o Armstrong a pedalar cá em baixo todo janado ou sou eu lá em cima recostado como um senhor, a deslocar-me aos 900 Km/h de cada vez?! Pois.

Bom, passando a factos concretos dou o exemplo de um feito atingido por mim ainda em tenra idade e que foi ignorado pelo grande público. Portanto, uma coisa pela qual nunca recebi crédito...

Uma vez comi seis sandes de marmelada e queijo num só lanche.

...

SEIS!

E se foram no mesmo lanche estamos portanto a falar de cerca de uma hora.
Droga - nada.
Marmelada e queijo - o suficiente para me fazer tombar com um enfarte do miocárdio logo aos dez anos de existência.

A isto, meus amigos, chama-se domínio das paredes estomacais e dos movimentos basculantes da traqueia que à terceira sandes já queria espichar tudo p'ra fora a ver se me salvava a vida.
Enquanto isto acontecia, eu, pensando nas novas gerações e em todos aqueles para quem podia tornar-me um exemplo, mandei a traqueia à merda e empurrei-lhe mais três paposeco a murro, para atingir o objectivo.

Foi uma vitória silenciosa dado que só foi presenciada por duas pessoas.
E uma delas tinha os dedos no telefone, na iminência de ter de ligar para o 112. Mas eu era uma criança idealista e não conhecia a derrota, o desânimo e a noção de ridículo.

Comi as seis sandes bem apetrechadas de marmelada e queijo e passado duas horas sentei-me p'ra jantar como se nada fosse. Isto sem transfusões de sangue, sem injecções regulares nem demais substâncias suspeitas... Até a marmelada era caseira. Por isso, se vê...

A mim ninguém me chama para ir à Oprah falar desta experiência e cativar novos valores do enfardanço. Quem papa placentas, prega a deuses espaciais e salta nos sofás feito tantam, tem livre trânsito. O Tom Cruise, tudo bem. Agora, malta de verdadeiro valor já não é com eles.

Eu até aposto que ganhava a Volta à França só com uma dieta à base de sandes de marmelada e queijo. Cruzava a meta vinte anos depois, encharcado no próprio vómito e com a pança a rojar pelo alcatrão mas cruzava.
Não era como esse maricas do Armstrong...